Um caminho inevitável.

Eu já tentei muitas coisas no caminho de me negar escritora. De forma estranha, o caminho não linear da minha trajetória é o mesmo que me devolveu para a escrita. Foram incontáveis, os dias de titubeio, negação e medo. Não se permitir, não ser capaz, não vir a ser. Não. Na tentativa de encontrar razão para todos os meus nãos, retornei, após longos anos, ao lugar que sempre acolheu meus medos e loucuras: a escrita.

Hoje, aos 42 anos, por trás da escritora em formação, da profissional do texto, existe uma mulher feita. Mãe, esposa e amiga ausente. Desde que embarquei na minha inevitável jornada, meus textos começaram a ter algum reconhecimento e há 1 ano eu preparo o meu primeiro romance.


O que eu fiz enquanto negava a escrita

Me formei como designer de moda. Fundei e estive à frente do Ateliê Feito Pra Mim, em Belo Horizonte por alguns anos. Em seguida a vida me levou a co-produzir e ser co-autora do documentário O Segundo Sol, que rodou 9 países e foi destaque em diversos veículos na imprensa nacional. Na tentativa de lidar com o luto de então, mergulhei nos estudos da astrologia tradicional e por 8 anos aprendi sobre mitos e segredos, atendi consulentes, lecionei, criei teses e projetos astrológicos e ensinei muitas astrólogas, escrevi e publiquei conteúdo editorial impresso e digital. Abandonei os mapas e me dediquei a escrita com viés publicitário. Fundei a Mind&Co onde desenvolvi projetos publicitários e com foco em experiência do usuário (ux writing).